As narrativas estão presentes em todos os contextos da vida. Envolventes, os grandes narradores – ou contadores de histórias -, mobilizam, entusiasmam, convencem, engajam, inspiram. Quantos exemplos nós temos de pessoas que marcaram nossas vidas pelo uso dessa habilidade? Amigos, professores, amores, líderes e ícones de variados áreas e momentos de nossas vidas.
Já faz um tempo, o uso estratégico de narrativas foi incorporado nos ambientes de negócios. Na gestão cultural, narrativas são insumos e produtos de nossos trabalhos. Pensando no contexto gerencial, o uso de narrativas está presente na fundamentação de um projeto, na adesão de colaboradores, na relação com fornecedores, na busca por financiadores, na aproximação e conquista do público, no fortalecimento da identidade e da marca, no desenvolvimento do negócio.
Nesse contexto, muitos dados são utilizados, de forma mais intuitiva ou não; mais estruturada ou nem tanto. Cientes de estarmos na sociedade do conhecimento, vivendo imersos no capitalismo cognitivo, o reconhecimento das oportunidades presentes nos dados se apresenta com diferencial competitivo estratégico. Você conhece os dados de seu negócio ou projeto? Como você os utiliza?
De modo estruturado e consciente, os dados são elementos importantes na estruturação de argumentos seguros e concretos sobre seu negócio ou projeto. O poder de boas narrativas pode intensificado com o uso de dados que embasem e destaquem os argumentos utilizados. Para isso, é importante identificar as narrativas que os dados que você tem sobre seu negócio é projeto podem ajudar a contar, de que maneira podem apoiar as narrativas na argumentação diante de um stakeholder, ou mesmo as maneiras de utilizá-los na construção ou fortalecimento de sua identidade e marca. A isso chamo de data storyteling, que é a narrativa dos dados; que traduz as variadas histórias que seus dados contam e você pode ainda não ter escutado.
O sucesso de muitos negócios e projetos está na forma brilhante como os grandes narradores, contadores de histórias, utilizam elementos para mobilizar, entusiasmar, convencer, engajar, inspirar. A proposta não é encher as histórias com dados. Não é por uma dataficação das narrativas. A idéia é identificar as narrativas que seus dados contam para utilizá-las quando, onde e com quem faça sentido. Utilizar o potencial dos recursos que já se tem para sermos claros e coerentes na defesa das propostas, na atração de diferentes tipos de stakeholders, de aproximação e engajamento de públicos e clientes. De envolver aqueles que nos importam e para quem importamos.
Fonte imagem: https://sonatabrasil.com.br/qual-a-importancia-dos-seus-sonhos/
- Publicado originalmente na coluna Antevasin, do Portal do Observatório da Comunicação
Institucional, em 02 de julho de 2019.